domingo, 17 de fevereiro de 2008

PERDI cem reais. Perdi. Assim. Sem sentido. E sabe o pior? Perdi em casa. Ou eu ando muito louca e achei que tinha cem reais e não tinha. Sei lá. To zonza. Pq contava com esses cem reais pra pagar uma conta. Amanhã. E agora, cadê? Não está onde eu pensei que estivesse. E eu juro que eu peguei nesse dinheiro na Sexta feira. Eu juro. Mas cadê? Criou pernas. Tudo bem, minha casa é uma bagunça, mas dinheiro não cria pernas. Eu estou realmente chocada. Comigo mesma. Ou chocada por descobrir que as coisas aqui em casa realmente têm vida. Primeiro foi o par de meias novas e caras que comprei. Sumiram. Agora, o dinheiro. Gnomos, alô-ou? Eu sou pobre! Um par de meias e cem reais me fazem falta! Favor devolver na portaria!

E o pior é que fui resolver de arrumar as coisas a essa hora. Quase três da manhã. Eu sou assim, deixo tudo pra ultima hora mesmo. Mas essa de perder o dinheiro me fez perder o sono. E eu tenho que acordar daqui a 3 horas, porque não posso perder mais dinheiro. Fico imaginando de achar esse dinheiro daqui a uns meses, embaixo de algum lugar inimaginável por aqui. Vai ser bom, né, um dinheirinho extra. Mas eu preciso tanto dele, tipassim, pra AMANHÃ! Gente, o título desse blog é "Nada a perder", mas não vamos levar tão ao pé da letra assim, né?

Ainda bem (eu acho) que eu sou uma pessoa que simplesmente passa por cima dessas coisas. É, porque, veja bem, não adianta ficar me remoendo. Procurar? Ok. Me lamentar um pouco? Ok. Mas o que mais? Ficar me torturando por 1 semana pensando nesse dinheiro não vai resolver o meu problema. As contas só vão ter que esperar um pouco mais. Paciência. Eu deixo de pagar alguma coisa pra pagar outra. E mês que vem eu cubro. Ou não. Mês que vem é Páscoa. Já vi que ninguém vai ganhar chocolate.

Mas bem que eu podia achar esses benditos cem reais... meu deus, será que eu surtei e tive uma alucinação na sexta feira? Será que eu imaginei cem reais na minha mão? Veja você, eu não confio nem em mim. A situação tá feia, mesmo.
Eu preciso fotografar mais. Sinto falta.
E comprar livros do Paul Auster. Sinto falta.
E ir mais ao cinema. Sinto falta.
E ter alguém. Sinto falta.
Eu estou acostumada a fazer tudo sozinha. Geralmente me viro bem. Não gosto de ‘contar’ com os outros, de precisar dos outros para fazer algo. Então vou ao cinema sozinha, vou à praia sozinha e até viajo sozinha. Mas às vezes me bate um não-sei-o-quê e eu empaco. Não quero fazer as coisas sozinha. Quero compania. Mas não existe a compania. Daí eu não faço o que queria tanto fazer porque fiquei esperando por alguém. E depois me torturo por isso. Pq já sou grandinha o suficiente para saber que não pode ser assim. E que eu perco altas oportunidades com isso. E que eu perco altos momentos legais com isso. E aí fico me martirizando duplamente. Primeiro, pela burrice e estupidez de depender de alguém pra fazer alguma coisa. E segundo por ter perdido a tal coisa, que, pelo visto, foi tão boa. E aí passo um Domingo meio deprê em casa.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Eu já fui amarga, mas sorria. Hoje, eu quero transar em uma roda-gigante, e também em um banheiro público, e no escurinho do cinema, e em qualquer lugar aonde der vontade. Porque, sério, hoje eu não tenho mais nada a perder. E não preciso esconder meu nome atrás de uma letra. É Bia. Eu sou a Bia. Meio infantil, meio burra, meio maluca, meio tudo um pouco. Mas inteiramente eu. (acho que ando assistindo BBB demais)
Já enjoei da blogosfera, e muitos blogs que eu amava acabaram. Sinto muita falta da . Mas amo de paixão a Mary W. e o Klein. E a Carrie. E a Marina. Não necessariamente nessa ordem. Na verdade, não tem uma ordem. E espero que o Klein nunca pare de escrever, porque ele é o blogueiro que mais me faz rir nesse mundo blog. Um dia ainda pinto o cabelo de vermelho, coloco o meu maior decote e apareço na porta dele, só para agradecer. E com a Carrie eu também morro de rir. Mas a Carrie me faz chorar também. Aí é covardia, e também não vai ficar legal eu aparecer na porta dela de cabelos e olhos vermelhos.
Amo os textos do Thiagón, e nunca na vida vou me esquecer do conto "A alma dos espelhos". Nunca mais olhei para um espelho do mesmo jeito.
E eu sempre vou amar a Fal.
Já fiz muitos amigos pela internet que hoje são os meus melhores amigos. Na vida palpável. Porque, afinal, internet também é vida real.
Não escrevo nada que preste, mas gosto de escrever mesmo assim. Escrevo o que dá na telha, e essa telha não é muito fértil, nem nada. Mas ainda assim, escrevo.
E sempre acabo sentindo falta de ter um blog. E sempre começo um novo algum tempo depois que acabo com o anterior.
"Escreva livros como John Fante,
Transe em uma roda-gigante
Pinte o cabelo,
Vire do avesso a América.

Se você pensar em se arrepender,
Lembre-se que não há nada a perder.

Vou-jo-gar-tu-do-pro-a-a-a-ar!"

Powerbossa - Wonkavision